Para Violet
Porsobre a areia se inclina o deus
Cálido. Teu corpo entre eles flui,
Arquefonte de não havidos gozos.
Areia que o tempo mede, dura;
Estrela que a carne recolhe,
Desejos que não vingaram ainda
A praia é um deserto corrupto:
O transeunte, um espectro de gentes;
O dia, um carnaval de invenções.
Ao longe, às barbas do Netuno,
Há terras estrangeiras. Talvez alguma
Terra-mãe desconhecida.
Porsobre o desfiladeiro,
Espaço vazio de matéria,
Encontro teu rosto alvo
De areia alva, de altanuvem,
Porém, amedronta-me o mar.
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