Certa vez toque um corpo
E tolo o chamei “real”;
Certa vez ouvi uma palavra,
Ignaro a chamei “verdade”;
Certa vez dormi,
Recolhido ao Mesmo,
E, dormindo, atravessei
A terra do sono;
Certa vez despertei,
Dormindo ainda o corpo e a palavra.
Agora te chamo “real” e “verdade”,
Renomeio a diferença entre as coisas
E o sentido fugidio dos vocábulos;
Atravesso somente o possível,
Somente através do possível, erro:
O onírico desgarrado do sono.
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