/> Πρωτεύς: Enfim louca

25 de janeiro de 2010

Enfim louca

Olhos sobre o reflexo esquartejado,
Rês esquartejada, inextensa.
É a catástrofe de si: enfim louca.
É o machado sobre o silício,
São as pedras até o neon;
Lábios tintos de sombra,
Sobre a sobrancelha, o batom.
Estilhaço decomposto de corpo:
Amargo o vinho, amargo o vidro,
A carne fatiada de vitela.
São as cinzas dos sapatos azuis
De quando, à escola, menina, não lhe havia
Doces constelações de placebo.
É a verdade de si: enfim leve.
Pluma sobre a informidável nuvem
Dessemelhante às rudes feras.
É o temporal de si: enfim chuva.
Por aquedutos, relevos, ruídos
Descem gritos até o epiléptico riso.
Assonamente despida por dentro,
Muda, nua de todos os artifícios.
É o deserto de si: enfim pura.
Enfim perfeita...
Enfim mulher.

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