/> Πρωτεύς: Eco e Narciso

16 de janeiro de 2010

Eco e Narciso

Perece a flor do afogado:
A margem seca, leito morto
De apatia; terra e astro.
Dos ramos, pétalas, da folha
Ao tronco, membro e olho:
Quase ciclope por ninguém cego
Ou o reverso do centauro abatido.
Do tempo do haver começo
Revém inexato o corpo,
Desespera de si o mais belo:
Reflexo, horror de simetria
Por metempsicose onírica.
Há o silêncio e o claro.
Vã perseguição do rastro,
Já emudecida a ninfa,
Dobra a esquina do poente:
Vã caçada, vãos ouvidos
Que se houveram muito tarde.
Onde deitou-se Narciso
— Desgosto amargo de desavido,
A terra apodrecida de lágrimas —
Vieram serpentes e insetos,
Vieram se aninhar em covas rasas.
Onde deitou-se Narciso, desistido,
Floresceu um pântano sombrio.

Um comentário :

Anônimo disse...

Poesia de imagens fortes...Vi todos os seres, O Gigante de um só olho foi marcante.

Gosto de "te ler".
Bjos.