/> Πρωτεύς: Atlântida

15 de janeiro de 2010

Atlântida

Entre as bananeiras o asfalto
Encontra o cascalho. Floresce a terra
Descoberta do pseudópode selvagem
Da besta-fera de concreto e vidro.
Sobre a calçada um preto,
Como frente à senzala, à frente
Do chiqueiro natal, quase humano.
Estende o asco, a palma rude
— dias sobre brasa, sóbrio;
Noites ébrias em paga —. Satisfeito:
O mundo, sujo e podre, é perfeito.
Recontenta-se no olhar o denegrido.
É madrugada: gozo de cinza,
Acinzentada satisfação:
Perfume de pedras.

Nenhum comentário :