Antes do amanhecer, teu rosto
Sob a lua, sei-o, é Ísis; outra
Remota lembrança que a vida
Arrasta à terceira margem do rio.
Há, porque nada de todo se perde,
Nalgum rincão afastado do éter,
Das manhãs e entardeceres fenecidos,
A mancha agrisalhada do vertido
Tempo. E a lembrança, querida,
Que reavida flore, é, das sementes
Más que o sono buliçoso vela, arbusto
Espinhado que fere e fende no arcabouço
Noctívago, um canteiro arcaico de verso
Entre ruínas toantes, onde virão dançar
Os sátiros e embriagar-se as bacantes,
Ao certo, pouco aquém do amanhecer.
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