Intellectus luminis sicci non est recipit
infusionem a voluntate et affectibus (Bacon)
infusionem a voluntate et affectibus (Bacon)
II
Mas desenha
A distância teu corpo distante,
O vazio... o vazioespaço de corpo.
O recurvo-gigante, celeste pilastra,
Flerta um vão marinho
Da altura dos ombros...
Porsobre os gêmeos montes
Ao delta de Vênus (re)coberto.
Aquém do turbilhão que te transforma
Em coisa como gente, à sombra outra afigurada,
Quedo-me ereto qual forma também outra,
Forjando olhos sobre tua pele que aflora
Sob o lascivo lúmen do volúvel viso.
Se à carne fere o gume-fluido da penumbra,
A textura que pouco, e pouco, desmancha
Entre nossas línguas e meus dentes reclama:
“Corte e sirva esta carne à boca lasciva,
Deixa escorrer licorosos lábios. Sim,
É o desejo... é o desejo e a boca vazia,
Emudecer no avizinhar das coxas,
Bel-prazer no ebulir do vértice.”
Mas não! Não penetras-me entanto
A garganta: ave, ávida, ássona.
Quando a fúria adensa o corpo rarefeito
Em figura de corpo entre tantos corpos —
Cada parte do corpo como coisas outras,
Digo “eu” enfim como voz átona pordentro
E para cada parte tua forjo um nome
Pra chamá-las de volta ao perto,
Pra gozar tua carne entre verbos
Com lascívia estranha e métrica. Mas estranhos,
Mais estranhos nos tornamos um para o outro.
Mas desenha
A distância teu corpo distante,
O vazio... o vazioespaço de corpo.
O recurvo-gigante, celeste pilastra,
Flerta um vão marinho
Da altura dos ombros...
Porsobre os gêmeos montes
Ao delta de Vênus (re)coberto.
Aquém do turbilhão que te transforma
Em coisa como gente, à sombra outra afigurada,
Quedo-me ereto qual forma também outra,
Forjando olhos sobre tua pele que aflora
Sob o lascivo lúmen do volúvel viso.
Se à carne fere o gume-fluido da penumbra,
A textura que pouco, e pouco, desmancha
Entre nossas línguas e meus dentes reclama:
“Corte e sirva esta carne à boca lasciva,
Deixa escorrer licorosos lábios. Sim,
É o desejo... é o desejo e a boca vazia,
Emudecer no avizinhar das coxas,
Bel-prazer no ebulir do vértice.”
Mas não! Não penetras-me entanto
A garganta: ave, ávida, ássona.
Quando a fúria adensa o corpo rarefeito
Em figura de corpo entre tantos corpos —
Cada parte do corpo como coisas outras,
Digo “eu” enfim como voz átona pordentro
E para cada parte tua forjo um nome
Pra chamá-las de volta ao perto,
Pra gozar tua carne entre verbos
Com lascívia estranha e métrica. Mas estranhos,
Mais estranhos nos tornamos um para o outro.
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