/> Πρωτεύς: O Terceiro Reino

19 de novembro de 2010

O Terceiro Reino

Sim, meu amigo
Restou-nos o ópio, a erva, talvez,
E o vinho – assim faremos,
Pois no entorpecido sono não há correntes
E entre versos, devemos emudecer a revolta.

Escreverei à mulher que me espera
E direi que estou pronto: um néscio,
Um bom homem e perfeito tolo.
Porque sobre a poeira caíram os persas
E daquele Deus negro de Blake,
Completou-se o Terceiro Reino.

Por todo o tempo, que assim seja.
Porque, meu amigo, somos fracos.
Nos serviram pão e vinho. Era a paga
Por nosso sangue e nossa carne:
Se aceitamos... que seja assim!

4 comentários :

Emiliano Nunes disse...

Muito bonito Lucius!

Eu gostei bastante do que li.

Forte abraço.

Calcanhar de Aquiles disse...

"... que seja assim!"

Bom demais o uso que você faz desse espaço.
Abração do amigo "Calcanhar" aqui.

Priscilla Marchetto disse...

"E direi que estou pronto: um néscio,
um bom homem e perfeito tolo."

Sigo pensando...
Imaginando o que de fato pode estar tangenciando o sentido dessas palavras...

=]

Clarice disse...

Olá, encontrei seu blog na comunidade Poemas e Poesias e vim visitar.
Seus poemas me lembram os ricos versos da Terra Média, muito fortes e expressivos. Poema de época (haha) muito interessante uma viagem no tempo com direito a sensações transmitidas por quem sabe realmente sentir o que escreve!!