Ah! Minha sombra!
Aí demoras impassível,
Tu que me segues; que
Dia e noite segues, através
Da poeira e do asfalto, um morto,
Filha do Hélio e do Iodo;
Fostes tu um negro espírito,
A outra, desconhecida, metade
Ou a terça parte de esquecimento que me cabe,
Lembrar-te-ia do sofrimento dessa carne:
O beijo áspero da traição, quando
Éramos jovens e o mundo antigo –
Fostes tu meu negro espírito,
Mais que a sombra de um corpo,
Que a sombra de uma sombra
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