/> Πρωτεύς

12 de janeiro de 2012

Dead Can Dance - The carnival is over

 
 
Outside
The storm clouds gathering,
Moved silently along the dusty boulevard.
Where flowers turning crane their fragile necks
So they can in turn
Reach up and kiss the sky.

They are driven by a strange desire
Unseen by the human eye
Someone is calling.

I remember when you held my hand
In the park we would play when the circus came to town.
Look! Over here.

Outside
The circus gathering
Moved silently along the rainswept boulevard.
The procession moved on the shouting is over
The fabulous freaks are leaving town.

They are driven by a strange desire
Unseen by the human eye.
The carinval is over.

We sat and watched
As the moon rose again
For the very first time.

9 de janeiro de 2012

Αυάγκη


Régnier. Allegory of vanity - Pandora. 1626
I

Não há livro eterno,
Eternamente escrito
Por uma mão eterna:

Não há romance do mundo
Que a mão da fatalidade
Conceba ou que sussurre
A voz do inevitável.

Mas, fora fatalidade a chuva?
O Dilúvio e a tempestade?
E eu mesmo – e o medo arredio?
O temor de nenhuma esperança?

Não fora fatalidade o desencontro
E o encontro furtivo do desencanto?

II

E o anjo veio perturbar-me o sono.
Armado de fogo imortal e cinzas
Sob os pés. Veio acender meus olhos;
Meus olhos desde muito quase apagados.

Deixou a árvore da vida no jardim do Éden;
Deixou a eternidade monótona da luz.
Veio estender-me o desvario e a fome,
- A fome que é de todo homem que vive –
Sorrindo, desaparecer noite adentro.

Será o anjo terrível da morte?
Amanhã já não serei mais o mesmo.

Pois esperei que a vida deitasse em meu colo.
E esperei, esperei... esperei.
Até o dia claro e o desespero.

3 de janeiro de 2012

Heidegger


 
Tudo volta sobre si,
O círculo é a lei
Eterna e imutável.

E a vontade,
Cor de figura
Já traçada.

E a verdade,
O já dito e feito;
Pedra sobre pedra,
Sísifo sobre Sísifo.

Tudo perece;
O homem, morre.
Perece o ramo e a flor;
Perece o rio e a rocha,

E tudo volta sobre si:
O círculo é imutável.

Mas o homem não perece,
Só falece porque morre.