Poderá ainda haver poesia?
Poderá ainda?
O plebeu e o porco cantam,
A musa cala.
À mesa de Calipso,
Um erudito babuíno fala:
"Sempre há de haver poesia".
Deverá ainda haver?
Deverá?
Quererá ainda haver, poesia?
Nesta tarde da vida?
Descansa em paz, poeta, descansa!
Descansa do silêncio e do aplauso.
Que a palavra d'outra terra precisa.
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