Sim, meu amigo
Restou-nos o ópio, a erva, talvez,
E o vinho – assim faremos,
Pois no entorpecido sono não há correntes
E entre versos, devemos emudecer a revolta.
Escreverei à mulher que me espera
E direi que estou pronto: um néscio,
Um bom homem e perfeito tolo.
Porque sobre a poeira caíram os persas
E daquele Deus negro de Blake,
Completou-se o Terceiro Reino.
Por todo o tempo, que assim seja.
Porque, meu amigo, somos fracos.
Nos serviram pão e vinho. Era a paga
Por nosso sangue e nossa carne:
Se aceitamos... que seja assim!
4 comentários :
Muito bonito Lucius!
Eu gostei bastante do que li.
Forte abraço.
"... que seja assim!"
Bom demais o uso que você faz desse espaço.
Abração do amigo "Calcanhar" aqui.
"E direi que estou pronto: um néscio,
um bom homem e perfeito tolo."
Sigo pensando...
Imaginando o que de fato pode estar tangenciando o sentido dessas palavras...
=]
Olá, encontrei seu blog na comunidade Poemas e Poesias e vim visitar.
Seus poemas me lembram os ricos versos da Terra Média, muito fortes e expressivos. Poema de época (haha) muito interessante uma viagem no tempo com direito a sensações transmitidas por quem sabe realmente sentir o que escreve!!
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